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quinta-feira, 8 de março de 2012

Volta... ou melhor, não vai




Sentiu-se um frio na alma, um medo inebriante, uma vontade de gritar o seu nome para que todo o mundo ouvisse, um desespero que lhe tirava a calma, todo o seu pensamento focava-se em um único ser, um único nome, uma única vontade: a que ele voltasse. A cada passo dele, os rasgos do seu coração se aumentavam e a tomavam por completo, sentia o sangue correndo pelo seu corpo juntamente com toda vontade de pular em seus braços e dizer “volta, você é meu”. Só o que lhe restava para fazer era olhar aquela cena angustiante, que a maltratava mais que qualquer dor física, maltratava o seu amor, maltratava o seu amor, maltratava o seu amor.
E diante de todos aqueles olhos que a observavam sem o mínimo de pudor, via-se completamente sozinha, no meio de todas as pessoas que ali estavam presentes. Sentia-se insegura, vulnerável, desabilitada, não sabia por onde ir e nem que caminho seguir, restavam-lhe apenas lágrimas e um dinheiro em cima da mesa, que seria para pagar o suco que eles tomaram. Sim, ela sabia que aquela teria sido a ultima conversa deles como um casal, como um. Ela não chorava, nem sorria, estava séria, muda, sem ação. Quem já vivenciou sabe que essa é a terrível sensação de estar perdendo o seu amor, estar perdendo metade de si, e não poder fazer nada...

Naianara Barbosa

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