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sexta-feira, 23 de março de 2012

Aconteceu...


Se eu soubesse eu teria te ouvido antes, todos os conselhos que você me dava e que eu não prestava atenção... como eles me tem sido uteis. Todos os ensinamentos, táticas, jeitos e maneiras de levar a vida, tudo que você um dia me ensinou tem sido usado agora. Só não entendo porque não te dei ouvido antes, essa é a pergunta que mais me machuca. Hoje eu poderia te agradecer pessoalmente, poderia falar isso tudo olhando nos seus olhos, mas não é mais possível.
Vez ou outra ainda acho que você está em casa no seu computador, com aqueles óculos marrons amarelados, a camisa pendurada na cadeira, e o jogo Paciência aberto. Sim, agora eu jogo ele só para lembrar de você. Mas as lágrimas descem a cada vez que chego lá, com um sorriso no rosto achando que vou te encontrar, e encontro tudo vazio. Sua camisa pendurada, seus óculos na estante do computador, seu travesseiro ainda amassado, sua sandália no canto da parede e atrás da porta a sua bermuda bege. Tudo no mesmo lugar, como você gostava. Mas falta você. Falta o teu sorriso, as suas piadas, o teu jeito de falar comigo, as tuas brincadeiras, o teu amor. Falta o teu coração junto do meu.
Só ao lembrar de ti meu coração aperta e chora, chora de saudade. Nunca pensei que sentiria tanto a falta de alguém, eu sempre me preparei para o momento em que deixaria de conviver com algumas pessoas, mas você... eu não consigo, ! Eu choro toda vez que entro no teu quarto, que vejo suas fotos, que penso em como nos divertíamos juntos. Tínhamos uma cumplicidade jamais vista. Você me contava seus problemas, desabafava comigo.. Eu chorava com você e te fazia sorrir como criança. Éramos tão felizes.
Eu acho que isso é o verdadeiro amor. É mesmo longe, imaginar perto. É sentir falta e saber que não vai mais revê-lo, e mesmo assim continuar amando com todas as forças. Mesmo assim mandar sms pro celular, de bom dia e boa noite, é pensar em tudo de bom que viveram e lamentar por todas os desentendimentos, e pedir desculpas mesmo sabendo que você não irá ouvir. É olhar pro céu, e saber que você está lá, e que olha pra mim todo o tempo.
Sempre que podia você me dizia que me amava, me abraçava, me beijava, me carregava e me contava histórias vividas. Sempre que não podia, você me ligava e eu atendia mesmo assim, só para ouvir sua voz e rir com você por dois minutos. Sempre que dava estávamos juntos. E agora, sempre olharei para o céu e lembrarei de você. Porque o nosso “sempre” nunca vai ter fim.

José Carlos Pitanga de Sant’Anna, eu te amo.

Naianara Barbosa

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