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domingo, 25 de março de 2012

Sua camisa. Seu cheiro. Sou sua.


Uma vez você me deu uma das suas camisas prediletas. O seu cheiro estava tão presente nela que eu me sentia abraçada por você só ao vesti-la. Até que você se foi. Nada me restava de ti além da sua camisa, além de algumas das suas coisas que eu guardava e das lembranças que eu tinha.
Cá estou eu agora me lembrando de você. Deitada no seu lado da cama, com a cabeça sob o teu travesseiro, teu calor em mim por meio do teu cobertor e tua proteção presente na sua camisa, aquela que você me deu... que te mantém por perto. Teu cheiro está saindo da camisa. As cinzas dos teus cigarros estão indo embora com a brisa que passa no fim da tarde. A janela do apartamento fica sozinha, todos sabem que só você passava horas nela olhando para o céu. Será que você está lá agora, meu amor? Será que você é aquela estrela, a mais brilhante, que me chama toda noite. Aquela que sussurra o meu nome e me dá boa noite desde o dia em que você se foi.
Já se passaram cinco meses e o seu cheiro ainda está aqui. Esta sumindo, se acabando. Esta ficando mais fraco a cada dia, mas mesmo assim eu ainda o sinto, e a sensação de estar contigo toma conta de mim toda vez. Eu acho que no fundo, mesmo que eu não fale... eu o amo. Eu sempre o amei.


Naianara Barbosa

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