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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Me quero comigo

Sem conversa, 
Sem mágoas,
Sem faltas, 
sem sorrisos.


Me quero aqui comigo
E só.




Naianara Barbosa / 01-07

Faltou demais

Dormir chorando
Escondido, para ninguém ver
Acordar lamentando
Pudera eu te esquecer.

Seguir sorrindo
Escondendo tudo que sinto
Deitar e morrer
Pudera eu te esquecer

E todos os dias reviver
E todas as noites falecer
Pedindo um canto teu

E todas as horas que passou
De todos os momentos, o que restou
Foi a falta da presença

A falta da inocência
Da decência
Da insistência...
Faltou tudo!

Menos amor.


Naianara Barbosa  02-07

Bela despedida


“Estou atrasada”
Foi isso a ultima coisa que eu ouvi
Saiu, partiu, nem sequer olhou para trás
E eu sem saber que você não me pertencia mais.

E eu, que sempre me mostrei forte
Te deixei ir
Não dei um passo em sua direção
Pra você era melhor assim.

O mal do amor
É acreditar que não vai ter fim
E o meu erro
Foi não te dar motivos para ficar aqui

Achando que voltaria sempre
Correria, me abraçaria
Me amaria, não me deixaria esperar...
Mas não, ela nem sequer olhou para trás.


Naianara Barbosa / 02-07

Juras acabadas


Voce disse que ficaria
Você disse que me amaria
Você jurou ser só minha

Você me fez sorrir
Disse que para sempre estaria ali
Você me tirou de mim

Coração tolo
Pensa que aprendeu
Sentimentos bobos
Que não entendem que tudo se perdeu

Me fazem chorar
Gritar, morrer...

Quem sou eu?

Antes uma vida, hoje um corpo
Em pé, porém, morto
Por ter acreditado no amor.


Naianara Barbosa / 02-07

Desistência

Eu desisti por medo de faze-la  sofrer
Eu desistir porque cansei
Eu desisti por causa do mundo
EGOÍSTA, só pensa em si e julga o outro.

Eu desisti por cansar das mágoas
Eu desisti por lutar sozinha
Eu desisti por ser fraca
E não ser capaz de enfrentar o que vinha pela frente

Eu desisti
Eu desisti de sorrir
Eu desisti de ti
Eu deixei de existir

Por ser o melhor para todos
Menos para mim.
Mas quem se importa?


Naianara Barbosa / 02-07

O tempo se perdeu


E o passado assim passou
Prendeu-me, riu de mim
Sem nem saber quem sou.

E o futuro assim chegou
Olhou para mim desolado
Me achou antiquado, e sou.

O presente nem parou
Num piscar de olhos me atravessou
E me deu um tapa

“Acorda, garota,
A vida passa”
Ele irritado resmungava.

Que culpa tenho eu?
A vida passa
O tempo passa
A morte para
Volta, gira...
Mas o amor fica.


Naianara Barbosa / 01-07

Como eu...

São linhas mal traçadas
Tortas, desgarradas
Que como eu, insistem em se encontrar
Ou procuram chances de se salvar

São lágrimas
Derramadas sem pudor
Que como eu, insistem em cair
Ou ficam presas num olhar

São sorrisos
Mostrados sem vergonha
Que como eu, escondem suas dores
Ou prendem seus rancores

São palavras
Jogadas no mar da verdade
Que como eu, não revelam não metade
Ou vivem em busca de amores.


Naianara Barbosa / 01-07

Sofrerei 10 mil vezes, mas amarei


E tudo que
Um dia foi feito
São lembranças do que não foi

Pudera eu
Evitar o sofrimento
Não sentir a agonia
Não chorar pelo lamento

Pudera eu
RECOMEÇAR!
Ter uma nova chance
E saber aproveitar

Pudera eu sorrir
Sem nada a esconder
Ser feliz sem saber
Pudera eu!

Mas tolo como sou
Esqueceria disso tudo
E amaria novamente.


Naianara Barbosa / 01-07

Serei! Ou não?


Sou
Não sou
Era, talvez
Quis ser!
Quem sabe, serei...
Não sei

Uma rosa
Uma lagrima
Uma poesia
Uma dor
Um ninguém...

Ou até mesmo
O amor de alguém.


Naianara Barbosa / 01-07

domingo, 1 de julho de 2012

A dor do poeta


Se todo poeta sente dor
Tem rancor, é sofredor
Por amor, que horror!
Deixe que ele escreva.

Se todo poeta sorri
Esta ali, distante de si
Preso em ti, sem mais
Deixe que ele escreva

Descobriu o tal poeta
Que é vivo o papel
E cada lágrima sentida, cada palavra recolhida
É só um verso a mais, é o seu verso a mais

Sente no fundo do peito
Que o que escreve não tem medo
Nem receio, nem culpa, nem jeito
É aquilo ali, sem mais interpretações

Rodeios já não bastam
Suas inquietações não lhe calam
Seus gritos são ecoados no quarto vazio
E voltam como um soco na alma

Que lhe tira a calma
Saca a arma
Veste a capa
Monta a guarda e começa a escrever...

De novo.

E ali ele chora, desaba
Deságua, desmarca sua quietude de ser
E olha aquelas palavras indignado
Como pode um só homem ter tanto poder

E na vã tentativa de entender sua dor
O cara sofredor que ali esteve sentado
Deitado, jogado, largado, amargurado
Se prende ao que um riso traz... lembranças, apenas, meu caro rapaz.

Naianara Barbosa