Páginas

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A aurora da filosofia grega


Nada fazia sentido, os amores não correspondidos eram como folhas que caiam no outono. De longe os pássaros cantavam baixo, no frio da noite em que se escondiam e cantarolavam para espantar as possíveis – e ferozes – mágoas. E ficavam ali até o amanhecer, e viam o sol nascer. Voando rumo ao horizonte, esqueciam-se da noite passada e retomavam suas alegrias. E a noite, outra árvore os recolhia. O escuro despertava pavor, mas não mais, agora eles se agarram e se acham ali, no tom mais tenebroso das 24 horas, fugindo dos deuses e ansiando pelo novo raiar.

Naianara Barbosa

Nenhum comentário:

Postar um comentário