Sentiu-se um frio na alma, um medo inebriante, uma vontade
de gritar o seu nome para que todo o mundo ouvisse, um desespero que lhe tirava
a calma, todo o seu pensamento focava-se em um único ser, um único nome, uma
única vontade: a que ele voltasse. A cada passo dele, os rasgos do seu coração se
aumentavam e a tomavam por completo, sentia o sangue correndo pelo seu corpo
juntamente com toda vontade de pular em seus braços e dizer “volta, você é meu”. Só o que lhe restava
para fazer era olhar aquela cena angustiante, que a maltratava mais que
qualquer dor física, maltratava o seu amor, maltratava o seu amor, maltratava o
seu amor.
E diante de todos aqueles olhos que a observavam sem o
mínimo de pudor, via-se completamente sozinha, no meio de todas as pessoas que
ali estavam presentes. Sentia-se insegura, vulnerável, desabilitada, não sabia
por onde ir e nem que caminho seguir, restavam-lhe apenas lágrimas e um
dinheiro em cima da mesa, que seria para pagar o suco que eles tomaram. Sim,
ela sabia que aquela teria sido a ultima conversa deles como um casal, como um.
Ela não chorava, nem sorria, estava séria, muda, sem ação. Quem já vivenciou
sabe que essa é a terrível sensação de estar perdendo o seu amor, estar
perdendo metade de si, e não poder fazer nada...
Naianara Barbosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário