Era manhã cinzenta e o sol já não aparecia a dias. Levantara
então da cama e o café estava posto, seu pão integral e café puro, ainda
quente. O tão conhecido recado na geladeira estava preso por um ímã de coração.
Ele pegou a xícara de café e leu em voz alta: “Querido, cá estou eu falando por
recados de novo, perdoe-me. Preciso comprar coisas. Não fique bravo, em poucas
horas estarei ao teu lado. Com amor, Mel.”. Ele sorriu e sentou-se na mesa, lá
tinha um outro bilhete que dizia “Construção de uma casinha...”, e com os
lábios molhados de café, pensou: “Afinal, a minha casinha completa a dela.”.
Ele sempre dissera que iria deixar o mundo dar suas próprias voltas, e foi numa
dessas voltas que ele a encontrou, e a amou... E dali em diante ele sabia que
seu mundo não daria mais volta nenhuma, se não estivesse colado ao dela.
Naianara Barbosa
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